"Uma atividade voluntária exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e alegria e de uma consciência de ser diferente de vida cotidiana." (Huizinga, Johan. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. 5ed. Saão Paulo: Perspectiva, 2007)
De todos os brinquedos que a vida me deu, o que mais me cativou foi o de jogar com as palavras. O jogo se faz completo quando escrevo e alguém replica, quando replico o que escrevem... É na intenção de reunir jogadores e assistência, que meu blog é feito.



quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Do mal que nós fizemos*

Eram duas, a carreta passou por cima
 - mata esse filha da puta!
se aparecer por aqui vamos fazer justiça...
(na praça
as meninas brigam por macho)
 - sorri banguela agora, ladrão sem vergonha!
Eu deixava sangrar até morrer...
Vai apodrecer na cadeia, vagabunda!

E por ali
os porcos selvagens invadem
muito mais que prefeituras e casas do interior.


* Quase nunca explico os poemas, mas esse merece. É a respeito da página "Atrocidades em Roraima", que no Facebook, se pretende site de notícias/mídia. Uma página que asquerosamente comete crimes como plágio, não respeita as famílias de vítimas de acidentes, divulgando vídeos terríveis, espalha imundície e dor. Os versos são adaptações de comentários e manchetes. É terrível que se consuma tanto esse tipo de conteúdo pernicioso. Em minha opinião, algo assim deveria ser denunciado por quem de fato valoriza a vida, o bem comum, a civilidade, a justiça. 
O que mais vamos deixar invadir nossas cabeças?


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