"Uma atividade voluntária exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e alegria e de uma consciência de ser diferente de vida cotidiana." (Huizinga, Johan. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. 5ed. Saão Paulo: Perspectiva, 2007)
De todos os brinquedos que a vida me deu, o que mais me cativou foi o de jogar com as palavras. O jogo se faz completo quando escrevo e alguém replica, quando replico o que escrevem... É na intenção de reunir jogadores e assistência, que meu blog é feito.



terça-feira, 10 de junho de 2014

Madonas*

Madonas - Elimacuxi - maio/2014

















Ave Madona ribeirinha
filhote no seio pendurado
sob a proteção de seu seio e sombrinha!

Ave seu leite amazônico
seiva de vida que serve ao acaso
filhos que brotam de buchos vazios.

Ave mães d'água em sua face soturna
Ave Marias cheias de mágoa
sob o sol de Tefé na travessia diurna.

Ave Madona ribeirinha
escura pele que alimenta os brutos
ventre expropriado em que se cozinha
a 'mãe pátria' e seus benditos frutos.


*a todas nós, expropriadas pela 'pátria mãe' de nossos corpos e frutos.

2 comentários:

Devair Fiorotti disse...

Parabéns nobre poeta pelo belo poema.

Devair Fiorotti disse...
Este comentário foi removido pelo autor.