"Uma atividade voluntária exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e alegria e de uma consciência de ser diferente de vida cotidiana." (Huizinga, Johan. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. 5ed. Saão Paulo: Perspectiva, 2007)
De todos os brinquedos que a vida me deu, o que mais me cativou foi o de jogar com as palavras. O jogo se faz completo quando escrevo e alguém replica, quando replico o que escrevem... É na intenção de reunir jogadores e assistência, que meu blog é feito.



segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

"viver não é preciso"

quando manhã terra firme corria o engano
olhos marejados numa cabeça de rocha
parado e perdido entre ondas
de pensamentos sem rota

se desbota e,
quando tarde arde o que o irrite
dorme numa profundeza sem limite

quando noite, recorre sem plano
ao mirador do peito
e sua tocha-farol
lança-se no mar de perdidas cabeças
sem lemes nem mapas nem medos
navega por entre sombras e segredos
como quem a si mesmo atravessa

madrugada avança
e o ciclo recomeça.





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