"Uma atividade voluntária exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e alegria e de uma consciência de ser diferente de vida cotidiana." (Huizinga, Johan. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. 5ed. Saão Paulo: Perspectiva, 2007)
De todos os brinquedos que a vida me deu, o que mais me cativou foi o de jogar com as palavras. O jogo se faz completo quando escrevo e alguém replica, quando replico o que escrevem... É na intenção de reunir jogadores e assistência, que meu blog é feito.



domingo, 13 de novembro de 2011

Sombra e sobra - ou sobre ontem

No dia do concílio de feiticeiros,
sagrado judio e de seitas outras,
celebro o sonho.
Mas na quinta,
me subtrai o medo
e a serpente que me sonda
sussurra-me
sibila em meu sono
soçobrando em mim o desejo
espalhando seu veneno de cobra...
eu cedo, envolta em sombras
e me entristeço
como somente pode
quem sabe que sobra:

será que só?
que sou?
que sábado?
e só?

2 comentários:

Anônimo disse...

Acabar com a angústia é vomitar o medo e se ferir com a coragem! XDD E não te preocupas que quando cair, um milhão de mãos vão te agarrar antes que possa pensar: "Enfim, chão!"

Ágda Santos disse...

Entre sussurros e gestos mínimos, sempre me fica a dúvida: sou só? ou só sou?
E sobra ainda as antigas cantigas de sábado sobre seitas, sapos e sabotagens. Ou sacanagens.
Ontem, ao menos pra mim, sobrou muita desgraça. Que bom que passou, enfim.